sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Estudo 56 Livro do Ceu Vol. 30 a 36 - Escola da Divina Vontade

 

30-9

Dezembro 25, 1931

Desejo de Jesus da companhia da criatura. Extrema necessidade do menino Jesus de ser amado com amor divino por sua Mãe Celestial.


(1) Sinto-me como inundar pelo mar de luz da Divina Vontade, oh! Como gostaria de ser na verdade o peixinho neste mar, de modo a não ver mais que luz, tocar, respirar, viver de luz, oh! Como ficaria feliz em ouvir-me dizer que sou a filha do Pai Celestial. Mas enquanto isto e outras coisas pensava, minha querida vida, o doce e soberano Jesus, visitando minha pequena alma, fazia ver que de dentro de sua adorável pessoa saíam mares de luz interminável, e de dentro dela saíam almas que povoavam a terra e todo o Céu, e Jesus chamando-me disse-me:

(2) "Minha filha, vem nesta luz, aqui te quero, a virtude da minha luz, o seu movimento como fonte de vida, não faz outra coisa que fazer sair de dentro do seu seio de luz almas, isto é, vida de criaturas, sua potência é tanta, que conforme se move faz sair almas, e Eu quero a minha amada junto Comigo, no seio de minha luz, isto é de minha Vontade, porque conforme as almas venham formadas e saiam fora, não quero estar sozinho, quero a tua companhia a fim de que reconheças o grande presságio da criação das almas, o nosso amor excessivo, e como te quero em minha Vontade quero colocá-las em ti, confiá-las, não as deixar sozinhas enquanto peregrinam a terra, quero ter junto comigo quem me proteja e defenda. Oh! Como é doce a companhia de quem tem cuidado das vidas saídas de Mim, me é tão grato, que faço, a quem vive em minha Vontade, depositária da criação das almas, canais pelos quais as faço sair a luz, e canais para fazê-las entrar de novo em nossa pátria celestial. Tudo quero dar a quem quer viver em meu Fiat, sua companhia, necessidade a meu amor, a meus desabafos e a minhas obras, que querem ser reconhecidas; fazer e não ser reconhecidas, são como obras que não sabem produzir triunfo, nem cantar vitória e glória. Por isso não me negue sua companhia, negaria um desabafo de amor a seu Jesus, e às minhas obras faltaria o cortejo e o contentamento da criatura, e ficariam como obras isoladas, e meu amor contido se trocaria em justiça".

(3) Depois disto estava pensando no nascimento do Menino Jesus, especialmente no ato quando saiu do ventre materno, e o celestial Infante me disse: 

(4) "Filha queridíssima, você deve saber que assim que saí do seio da minha mãe senti a necessidade de um amor e afeto divinos. Eu deixei meu Pai Celestial no Empíreo, que nos amávamos com amor todo divino, tudo era divino entre as Três Divinas Pessoas: Afetos, santidade, potência, e assim do resto. Agora, Eu não quis mudar modos vindo à terra, minha Divina Vontade me preparou a Mãe Divina, de modo que tive Pai Divino no Céu, e Mãe Divina na terra, e assim que saí do seio Materno, sentindo extrema necessidade destes afetos divinos, corri para os braços de minha mãe para receber, como o primeiro alimento, o primeiro respiro, o primeiro ato de vida de minha pequena humanidade, seu amor divino, e Ela fez sair de Si os mares de amor divino que meu Fiat tinha formado nela, e me amou com amor divino, como me amava meu Pai no Céu. E oh! Como estava contente, encontrei o meu paraíso no amor da minha mãe. Agora, tu sabes que o verdadeiro amor jamais diz basta, se pudesse dizer basta perderia a natureza do verdadeiro amor divino, e por isso, desde os braços de minha Mãe, enquanto tomava o alimento, o respiro, o amor, o paraíso que Ela me dava, meu amor se estendia, se fazia imenso, abraçava os séculos, buscava, corria, chamava, delirava, porque queria as filhas divinas, e minha Vontade para tranquilizar a meu amor, apresentou-me a minhas filhas divinas, que no transcurso dos séculos me formaria, e Eu as olhei, abracei, amei e recebi o respiro de seus afetos divinos, e vi que a Rainha Divina não teria ficado só, mas teria tido a geração das minhas e suas filhas divinas. Minha Vontade sabe mudar e dar a transformação e formar o nobre enxerto de humano em divino. Por isso quando te vejo trabalhar Nela, sinto-me dar e repetir o paraíso que me deu minha Mãe quando criança me recebeu  em seus braços. Quem faz e vive em minha Divina Vontade, faz surgir e forma a doce e bela esperança de que seu reino virá sobre a terra, e Eu me deleitarei no paraíso da criatura que meu Fiat formou nelas".

(5) E enquanto minha mente continuava pensando no que Jesus me havia dito, com um amor mais intenso e terno acrescentou:

(6) "Minha boa filha, nosso amor corre continuamente para a criatura, nosso movimento amoroso que não cessa jamais corre no batimento do coração, nos pensamentos da mente, no respiro dos pulmões, no sangue que circula, corre, corre sempre e vivifica com a nossa nota e movimento de amor o bater, o pensamento, o respiro, e quer o encontro do amor palpitante, do respiro amante, do pensamento que recebe e nos dá amor, e enquanto o nosso amor corre com rapidez inalcançável, o amor da criatura não se encontra com o nosso, fica para trás, e não segue a corrida de nosso amor que corre sem jamais deter-se, e não nos vendo nem sequer seguir enquanto continuamos a girar no batimento, no respiro, em todo o ser da criatura, delirantes exclamamos: ‘Nosso amor não é conhecido, nem recebido, nem amado pela criatura, e se o recebe é sem conhecê-lo'. Oh! Como é difícil amar e não ser amado. No entanto, se nosso amor não corresse, cessaria instantaneamente a vida delas; sucederia como o relógio: se tem corda faz ouvir seu tic tac, e admiravelmente marca as horas e os minutos, e serve para manter a ordem do dia, a ordem pública, se termina a corda, o tic tac não se ouve mais, fica parado, como sem vida, e pode haver muitas desordens por causa do relógio que não caminha. A corda da criatura é meu amor, que conforme corre esta corda celestial, bate o coração, circula o sangue, forma o respiro, podem-se chamar as horas, os minutos, os instantes do relógio da vida da criatura, e ao ver que se não faço correr a corda do meu amor, não podem viver, e não obstante que não sou amado, meu amor continua seu curso, mas pondo-se em atitude de amor doloroso e delirante. Agora, quem nos tirará esta dor e adoçará nosso delírio amoroso? Quem terá por vida nossa Divina Vontade. Ela como vida formará a corda no batimento, no respiro e assim do resto da criatura, formará o doce encontro com nosso amor, e nossa corda e a delas caminharão juntas. Nosso tic contínuo será seguido pelo tac delas, e nosso amor não estará mais só no correr, senão que terá seu curso junto com a criatura. Por isso não quero outra coisa, que Vontade minha, Vontade minha na criatura".

Cumprimento do Pai Nosso

 Thy Will be done on Earth as It is in Heaven This petition in the Prayer of Jesus to our Father in Heaven is of the highest importance for ...